Você provavelmente cresceu ouvindo que o futuro do transporte seria com os veículos elétricos. Pois o futuro chegou. Levantamento da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) apontou que as vendas de caminhões e ônibus elétricos tiveram um aumento de 663% em 2021, saltando de 41 emplacamentos em 2020 para 313. Entre os veículos leves, o crescimento foi de 257%. Ao todo, 2.860 carros elétricos foram comercializados no país ao longo de 2021.

Ainda que sejam relativamente mais caros que os com motores à combustão, os veículos elétricos estão ganhando cada vez mais espaço. No Brasil, diversas montadoras já oferecem carros com motor elétrico. Veículos maiores e com boa capacidade de transporte de cargas estão começando a ganhar as ruas. Para se ter uma ideia, até mesmo o desenvolvimento de aviões movidos à eletricidade está em curso – e isso há um bom tempo.

Há, inclusive, uma previsão de data para que os motores elétricos deixem de ser uma tendência para se transformarem no normal: o início da próxima década. Alguns países europeus têm a intenção de limitar a circulação de veículos à combustão a partir de 2030. Mudanças como essa, contudo, não acontecem de uma hora para outra. Elas fazem parte de um processo que já está em curso. 

Ainda que sejam mais custosos num primeiro momento, veículos elétricos tendem a gerar economia no longo prazo. O custo de abastecimento é muito menor, a emissão de poluentes quase inexiste, o desgaste de peças é menor e até mesmo a poluição sonora cai drasticamente. Por isso, os gestores de frotas precisam estar preparados para essa transição. Isso inclui saber aproveitar as possibilidades oferecidas pelos veículos elétricos – como, por exemplo, a capacidade de recuperar a energia de frenagem ou mesmo seus sistemas eletrônicos – para melhorar o acompanhamento da jornada e trazer mais eficiência a ela.

Ao mesmo tempo, a infraestrutura para recarga de motores está crescendo nas grandes cidades e é uma tendência sem volta. Vale a pena pensar nisso.

Um incentivo pode vir do Programa Renovar, pensado pelo Ministério da Economia e que vem sendo regulamentado pelo governo federal. Caminhoneiros com veículos com mais de 30 anos de fabricação receberão incentivos fiscais para adquirir um caminhão novo. Com isso, é possível contribuir com a preservação do meio ambiente e reduzir o número de acidentes causados por falhas mecânicas.

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