De tempos em tempos, sempre surge a dúvida se a tecnologia vai acabar com os empregos, principalmente com a ideia da inteligência artificial substituindo humanos. Mas, por mais que pareça estarrecedor pensar que a tecnologia robótica pode tirar empregos, existe uma coisa chamada adaptação.

Afinal, ninguém mais precisa escrever cartas e esperar por dias e meses pela resposta, ou perder uma oferta de trabalho fora do país se a empresa oferecer home office, certo?

Esses são alguns exemplos de como a tecnologia mudou a forma de se comunicar, e como todos precisaram se adaptar aos tempos modernos.

A propósito, devido à pandemia da COVID-19, muitas empresas entenderam que nem todo trabalho exigia a presença do funcionário, tornando o home office um recurso inteligente e assertivo.

Quer saber mais sobre a relação tecnologia e empregos e como isso afeta as carreiras do mundo e a produtividade? Acompanhe este post e fique por dentro das questões tecnológicas que prometem mudar a forma de trabalhar.

a tecnologia vai acabar com os empregos

A tecnologia vai acabar ou não com os empregos?

A resposta é sim – e não. Na verdade, a tecnologia vai transformar os empregos, e não acabar com eles.

Se pensarmos como os documentos eram redigidos antes da era da informática, lembraremos que a profissão de datilografia não existe mais. Contudo, escritores, redatores e jornalistas não perderam seus postos para a máquina: se adaptaram a elas.

Você consegue imaginar escrevendo em uma máquina de escrever, sabendo que a única forma de corrigir um eventual erro é rasgando o papel? Pense no lixo que você produziria, ainda mais em tempos de sustentabilidade.

Coisas que eram comuns e até facilitavam a vida das pessoas (como o famoso “orelhão”, o telefone público) já não fazem sentido em um mundo onde muita gente tem acesso aos smartphones.

Mas, a grande preocupação de especialistas é sobre como a tecnologia pode levar à eliminação de empregos em poucos anos. Afinal, a robótica poderá substituir empregos que exigem menor qualificação e trabalho braçal.

Isso também preocupa o escritor e professor da Universidade Hebraica de Jerusalém, Yuval Noah Harari, e também o escritor e o pesquisador da Fundação Konrad Adenauer, Eduardo Magrani.

Eles acreditam que o avanço da tecnologia vai acabar com os empregos, e citam a função do caminhoneiro sendo substituída por automação.

Na argumentação de Harari, por exemplo, é muito difícil imaginar uma pessoa de 45 anos se reinventando como professor de yoga ou engenheiro de software.

No entanto, é possível reverter esse quadro, segundo o que ponderou Magrani. Ele acredita que o desemprego, em áreas em que a inteligência artificial se fizer presente, poderá ter solução com um plano de ação dos Estados para requalificar estes trabalhadores.

Inclusive, segundo Satya Nadella, CEO da Microsoft, os robôs e IAs vão depender de pessoas qualificadas para desenvolvê-los e operá-los.

Então, o caminhoneiro poderia operar um caminhão autônomo, desempenhando um papel mais estratégico e com uma abordagem mais tecnológica. Assim, ele não perderia seu emprego, apenas mudaria a forma de atuar.

Tecnologia e empregos: mudanças tecnológicas são ameaças ou avanços no mercado de trabalho?

Toda grande mudança na forma de trabalhar, se comunicar e até fazer compras pode gerar preocupação. Desde a invenção do avião, do carro, do telefone, da máquina a vapor e, claro, da internet, muitas pessoas tiveram que se adaptar aos avanços no mercado de trabalho.

Isso faz parte da história da humanidade, e não seria diferente agora com a inserção da chamada 4ª Revolução Industrial, que engloba a inteligência artificial, automação de dados, conectividade móvel e computação em nuvem.

Para entender como a relação tecnologia e emprego pode inovar o mercado de trabalho, selecionamos algumas mudanças tecnológicas importantes para as profissões que estão em alta.

Globalização do mercado de trabalho

O surgimento dos smartphones, smart TVs e computadores democratizou a internet no Brasil, visto que muita coisa pode ser feita pela internet (enviar e-mails, guardar e usar arquivos na nuvem, fazer compras, marcar consultas médicas e muito mais).

Isso também ajudou bastante a quebrar barreiras entre pessoas de diferentes países, principalmente para quem possui carreira e deseja de atuar em empresas internacionais.

Para isso, o home office veio a calhar, não só para estudar mas também para que as pessoas pudessem trabalhar em outros países sem sair de casa.

Essa mudança se tornou ainda mais importante em tempos de pandemia da COVID-19, porque eles entenderam que não seria necessário sair de suas casas para desempenhar funções que, facilmente, podiam ser executadas remotamente.

Automação

A automação é uma forma de fazer tudo no automático e garantir mais tempo para os funcionários executarem outras funções que demandam estratégias.

A exemplo disso tem a automação industrial, que é justamente a ideia de substituir humanos por robôs em tarefas repetitivas ou de alto risco. Imagine não precisar correr riscos em ambientes insalubres e de alta periculosidade? A robótica executa para você!

Mas, há também outras atividades da automação industrial, como registro de ligações, secretariado e, como comentamos, carros autônomos.

Além disso, a automação de tarefas ajuda em quatro situações:

  • Reduz os custos de produção;
  • Evita as verificações rotineiras de forma manual;
  • Melhora o produto, uma vez que os erros humanos são nulos;
  • Aumenta a produtividade, devido à produção em massa graças ao controle e automação de processos industriais.

Existem muitas empresas que atuam com software de automação de tarefas. A Rabbot, por exemplo, é especialista em sistema de gestão de frotas e garante eficiência em logística e transportes com o uso do RPA (Robotic Process Automation).

Machine Learning

Também chamado de “aprendizado da máquina”, o termo Machine Learning pode responder se a tecnologia vai acabar com os empregos: não vai, porque ela depende de usuários humanos para seu completo funcionamento.

Empresas como a gigante Google, por exemplo, utilizam a inteligência artificial para interagir com os diversos dados dos usuários humanos. Seja o envio de um e-mail, uma pesquisa ou a localização do seu celular – tudo isso alimenta o aprendizado da máquina.

Mas, não é só isso!

O Machine Learning se mostra eficiente na área de saúde, fazendo cruzamento de dados entre os exames dos pacientes e elaborando um diagnóstico precoce.

Além disso, cruzar dados também é uma excelente forma de aumentar o ticket médio de vendas, ao recomendar produtos com base nas compras anteriores do cliente.

Todas essas mudanças podem fazer parecer que a tecnologia e eliminação de empregos estão juntas, mas tudo é uma questão de adaptação.

a tecnologia vai acabar com os empregos

Computação em nuvem (Cloud Computing)

A computação em nuvem é o recurso para acessar e compartilhar remotamente documentos, como imagens, áudios e vídeos, de qualquer lugar com acesso à internet.

Além da redução de custos financeiros (uma vez que as empresas contratam provedores para fazer o cloud computing, em vez de armazenar de forma interna), a computação em nuvem oferece maior nível de segurança aos dados dos clientes.

Além disso, como os colaboradores têm acesso à mesma rede, fica mais fácil acessar de qualquer lugar, principalmente em reuniões de trabalho.

IoT – A Internet das Coisas

A Internet das Coisas é um dos recursos tecnológicos mais interessantes do setor industrial, pois ajuda a empresa a gerenciar várias atividades em seus setores.

No transporte logístico, por exemplo, a IoT pode ajudar a monitorar o tráfego, otimizar a coleta de dados, gerenciar a frota e administrar o estoque. Isso inclui reposição automática, administração de energia e climatização e gerenciamento sobre quais produtos são mais vendidos ou não.

Como abordamos anteriormente, com a afirmação de Eduardo Magrani, o plano de ação para que os trabalhadores possam se requalificar precisa ser feito pelos Estados. Afinal, ainda que a tecnologia possa promover ganhos econômicos, nenhum país pode ser bem visto com altas taxas de desemprego.

Por isso, pensar em um plano de ação para que funcionários atuem em áreas semelhantes contribui para o crescimento do país. Além disso, impede o medo de muitos em achar que a tecnologia vai acabar com os empregos.

A oferta de empregos não vai acabar: tecnologia exige novas habilidades

Até aqui já deu para entender que, definitivamente, a tecnologia não vai acabar com os empregos, mas que a adaptação passa a ser a palavra de ordem. Isto é, as habilidades de antes precisam de renovação, sejam elas tecnológicas e até socioemocionais.

Inclusive, a tendência é que até 2030 os profissionais se deparem com empresas que exijam essas habilidades no mercado de trabalho, ao passo que os trabalhos manuais perderão suas funções para mecanismos automatizados.

Mas, lembre-se: ninguém vai perder empregos por conta de novas tecnologias; apenas será necessário se atualizar.

Veja abaixo sobre as habilidades tecnológicas, sociais e emocionais, e a importância de começar a dominá-las desde já.

Habilidades tecnológicas

O setor da tecnologia está longe de acabar e vai se tornando parte de muitos empregos do futuro. Para termos uma ideia, só em 2019 tivemos um boom de duas mil empresas no Brasil atuantes em tecnologia. Isso se deve à criação de startups e micro empresas que ganharam a atenção nos últimos anos.

Por isso, os trabalhadores de hoje não precisam esperar que suas funções fiquem defasadas para começar a estudar as habilidades tecnológicas. É possível fazer isso agora e sempre se manter atualizado.

Um exemplo disso são os ambulantes, que até então vendiam seus produtos usando pagamentos em espécie. Hoje em dia, eles tiveram que se adequar aos novos tempos e já utilizam maquininha de cartão e Pix.

Ninguém deixa de comprar porque está sem dinheiro em espécie, e ninguém deixa de vender por não ter habilidade tecnológica, certo?

Isso nos mostra também que a programação de computadores vem se tornando uma linguagem necessária no mercado de trabalho até para quem não atua diretamente com a tecnologia.

Programar softwares e apps, ter competência para gerir um banco de dados ou trabalhar com sistemas de redes estão entre as habilidades tecnológicas do futuro – que já começou.

a tecnologia vai acabar com os empregos

Habilidades sociais e emocionais

Você é daqueles que ouvia falar de inteligência emocional e não dava importância? Pois a tendência é que as habilidades sociais e emocionais façam parte cada vez mais do mercado de trabalho.

A habilidade de lidar com pessoas, reconhecer seus sentimentos, desenvolver empatia e estabelecer limites, sem dúvida, é bastante importante em qualquer área da vida, principalmente no trabalho.

Se antes as pessoas podiam perder seus empregos por falta de técnica e habilidade física, a tendência no futuro é deixar escapar uma oportunidade pela falta de inteligência emocional.

Mas, por que a inteligência emocional pode estar ligada à tecnologia?

Porque há muitas atividades que dependem da presença humana e de suas capacidades artísticas, como escrever bem e usar a criatividade, coisas que uma máquina não poderia substituir.

Não à toa, as profissões que exigem talentos artísticos e que costumam ser desvalorizadas, terão grande chance de ganhar destaque. Afinal, não tem como um robô desenvolver sentimentos e ter empatia pelo próximo. Isso é da natureza humana.

Por isso, não dá para afirmar que a tecnologia vai acabar com os empregos, já que por trás de toda máquina existe a criatividade do ser humano, que é inerente a todos nós.

A tecnologia não vai acabar com os empregos, vai aumentar a oferta

A preocupação com atividades braçais e simples diante de um cenário tecnológico é compreensível, afinal, a mão de obra humana sempre se fez presente em todas as empresas, sejam pequenas, médias ou grandes. Mas, nem tudo está perdido.

O mundo sempre se deparou com novas tecnologias, precisou se adaptar e, hoje em dia, ninguém consegue imaginar vivendo como antigamente. Então, enquanto alguns empregos se perdem pelo caminho, outros surgem para atender novas demandas.

Sendo assim, vale a pena investir em novas qualificações e começar a cogitar trabalhos que dificilmente seriam substituídos pela máquina. Ou, então, se qualificar para trabalhar com as máquinas.

O importante é saber que o seu emprego não vai acabar por causa da tecnologia, porque tudo depende de como você vai se adaptar e como os Estados vão prover qualificação às pessoas.

Portanto, a tecnologia não é uma vilã, e sim uma aliada, já que com a automação, por exemplo, ela promove maior redução de custos, aumento de produtividade e melhora na qualidade dos produtos.

E já que falamos sobre o uso da tecnologia a favor de empresas, que tal falar com um de nossos especialistas da Rabbot e entender nosso processo de automação de tarefas para uma excelente gestão de frotas? Até a próxima!

Share This