Imagine como seria uma grande “mão na roda” se caminhões autônomos fizessem parte de uma gestão de frotas? Pois saiba que caminhões sem motorista estão se tornando uma realidade. Muito embora a tecnologia seja mais avançada em outros países, caminhões autônomos já chegaram no Brasil.

A possibilidade de autonomia desses veículos reduz gastos com o combustível e a dependência de mão de obra qualificada, aumentando a produtividade e a segurança em viagens longas.

A dúvida é se a direção autônoma vai acabar com o emprego do caminhoneiro. Na verdade, essa é a dúvida de muitos trabalhadores que atuam em empresas que estão se adaptando à tecnologia: o medo de perder o trabalho para uma máquina.

Mas, será que os caminhões autônomos já estão circulando no Brasil ou estão apenas em fase de testes? É sobre isso que vamos falar hoje.

Aproveite para saber como funciona a autonomia de veículos, se está muito longe dessa tecnologia ganhar o mundo e se há risco de os caminhoneiros perderem suas funções.

O que são caminhões autônomos?

Caminhões autônomos são veículos que circulam sem motorista, seguindo uma série de comandos previamente programados para rodar na estrada.

Basicamente são como os carros do Google, que transitam sozinhos, com radares de monitoramento acoplados no topo do veículo. O monitoramento em tempo real ajuda a controlar não só a velocidade como também a tomar ações perante as adversidades durante o trajeto.

Há também a possibilidade de uma câmera no parabrisa que detecta todos os veículos ao seu redor, bem como seus movimentos, os sinais de trânsito, semáforos e demais sinalizações.

Contudo, caminhões autônomos ainda não circulam totalmente livres de motorista – pelo menos, não aqui no Brasil.

caminhões autônomos

Como funcionam os caminhões autônomos no Brasil?

Apesar de ser uma novidade que pode impactar positivamente na economia de grandes empresas, a adoção de caminhões autônomos ainda está um pouco longe de acontecer no mundo todo.

Por isso, ainda não será comum ver caminhões sem motorista circulando pelos centros urbanos brasileiros. No entanto, o estudo dessa tecnologia vem acontecendo há anos, prometendo revolucionar diferentes mercados, principalmente no setor agrícola.

Isso não significa que esses caminhões não estejam no Brasil; pelo contrário, os primeiros pesados chegaram no Paraná, em 2017, para aumentar a produtividade da safra da cana de açúcar. Outros que chegaram estão no interior de São Paulo, em fase de testes para transitar entre as plantações.

Desenvolvido pela Mercedes-Benz em parceria com a Grunner, o caminhão autônomo saiu de um protótipo feito em 2010 para os campos agrícolas do interior paulista.

O bruto passa por diversas modificações antes de pegar no batente, mas ainda é uma tecnologia de nível 2, isto é, depende de um motorista na cabine para alguma eventualidade.

As modificações que fazem com que o caminhão semiautônomo funcione têm relação com um sistema de tração, gigantescos pneus de uso misto, bitolas mais largas e isolamento especial atrás da cabine.

Tudo isso para evitar que o caminhão atole, esmague as plantações e pegue fogo no meio do canavial. Ou seja, é feito uma manutenção preventiva, uma vez que a empresa já sabe os tipos de problemas que os condutores encontram durante o percurso.

Como é o interior de um caminhão autônomo no Brasil?

O interior de um caminhão autônomo é igual a qualquer outro caminhão tradicional, com apenas duas diferenças: um monitor com tela tátil e uma alavanca para controlar a caçamba. A única coisa que o motorista precisa fazer é apertar um botão, pois o resto é com o veículo.

Com um mapeamento prévio do trajeto, o caminhão autônomo (no caso, semiautônomo) segue a direção proposta e executa os serviços, de acordo com o que foi designado.

Observe que estamos falando de caminhões autônomos no Brasil, desenvolvidos para soluções na agricultura. Porém, também podem ser usados em colheita de grãos, florestas e mineradoras.

Não resta dúvida de como a direção autônoma impacta de forma positiva no processo agrícola e em todos os outros que, até então, dependiam unicamente do esforço humano.

Caminhões autônomos podem acabar com os empregos?

A dúvida mais cruel entre aqueles que trabalham há anos como motoristas de caminhão é se, com a autonomia desse tipo de veículo, a mão de obra humana será dispensável.

A resposta é não.

Como vimos no tópico anterior, os caminhões autônomos ainda não são uma realidade brasileira, isto é, ainda não circulam livremente nas estradas como ocorre nos Estados Unidos.

Eles dependem de um condutor para, pelo menos, acionar um botão ou assumir o controle do caminhão nos centros urbanos ou em determinados momentos.

Mas, e quando o caminhão autônomo chegar com tudo no país?

Bom, a autonomia já tem chegado com força em outros países, inclusive, um protótipo sem cabine e sem motorista da sueca Scania foi apresentado durante o Innovation Day, promovido pela Traton.

Contudo, ninguém precisa pensar em mudar de ramo desde já; há outras funções que os motoristas podem desempenhar de forma estratégica para ajudar a empresa.

Um exemplo disso é o acompanhamento do caminhão autônomo via drone ou controle via joystick. Elas estão entre as modalidades que os condutores podem executar.

Isso significa que caminhões autônomos não resultam e nem devem resultar no fim dos empregos. Os caminhoneiros apenas passam a desempenhar um papel estratégico nessa nova tecnologia.

Esse receio de perder emprego para uma máquina automática é a mesma dos funcionários de uma empresa que utiliza automação industrial.

A ideia de redução do esforço humano graças às tecnologias de automação, ligadas à indústria 4.0, põe em cheque a necessidade da mão de obra humana.

Contudo, assim como os caminhoneiros podem exercer outras funções, os funcionários internos também. Afinal, alguém precisa ensinar a máquina, programar e fazer a manutenção periódica. Pelo menos, até o momento que este artigo foi escrito, ninguém inventou máquinas ou caminhões que fazem tudo isso automaticamente, não é?

Inclusive, nós da Rabbot oferecemos soluções para transportadoras e gestores de logística, com o objetivo de automatizar tarefas e garantir o pleno funcionamento de suas frotas. Saiba mais aqui.

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Vantagens de ter caminhões autônomos na sua frota

Toda vez que surge uma novidade tecnológica, é muito comum o medo das pessoas de perderem espaço. Aliás, falamos sobre isso no tópico anterior.

No entanto, tudo que traz benefício deve ser considerado. Por isso, selecionamos algumas vantagens de ter um caminhão autônomo na frota.

Maior tempo nas estradas

Um dos problemas mais comuns na vida de um caminhoneiro é o tempo que leva na estrada para ir e voltar. Além do cansaço – que pode ocasionar acidentes –, esses motoristas passam tempo demais longe de casa e da família.

A vantagem de adotar o caminhão autônomo é, portanto, uma forma de reduzir o tempo de tráfego do motorista, mas aumentar a dos veículos.

Isto é, sem a regra de fazer paradas de descanso, os caminhões autônomos passam a ter mais tempo na estrada, com menor custo de viagens. Além disso, quanto mais esses veículos trafegam, mais rápido as encomendas chegam ao seu destino.

Aumento de produtividade

Se os caminhões trafegam sem motorista e não há as mesmas interrupções nas estradas, como mencionado anteriormente, a produtividade aumenta de forma considerável, sem afetar a qualidade da gestão logística.

Isso porque a execução das tarefas será feita em tempo hábil, sem as paradas comuns para descanso e almoço do motorista. As únicas vezes, porém, que o caminhão autônomo precisa parar, é para o abastecimento e manutenção.

Redução da taxa de acidentes

Ninguém está livre de acidentes de trânsito, nem mesmo o motorista mais experiente no ramo. O cansaço após noites nas estradas ou uma falha humana ao desviar de outro veículo podem ser comuns – e fatais!

Mas, com os caminhões autônomos, a taxa de acidentes pode despencar em até 70%, levando com ele a taxa de seguros. E caso as estradas ganhem faixas exclusivas, a incidência de custos relacionados a acidentes também tende a cair.

Os caminhões autônomos podem ser programados para evitar colisões, ultrapassagens em áreas proibidas e a cumprir trajetos dentro de uma velocidade média estabelecida.

Dessa forma, há menos atrasos, menor ocorrência de roubos e congestionamentos. Imagine o quanto isso é benéfico tendo em vista casos de capotamento e perda de produtos no trânsito? Sim, caminhões autônomos são mãos na roda!

Redução de custos

Como vimos, um caminhão autônomo não é uma pretensão de tirar os motoristas de seus cargos, mas sim de reduzir custos e aumentar a produtividade.

Sem a dependência da mão de obra qualificada, a autonomia desses caminhões segue o fluxo direto, sem interrupções (paradas para descanso ou almoço, por exemplo).

Isso gera redução de gastos com o combustível, menor desgaste das peças e diminuição no impacto ambiental. É claro que, no futuro, essas taxas reduzidas serão ainda mais visíveis à medida que todas as frotas passarem a ser autônomas.

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Quando o caminhão sem motorista vai fazer parte da frota?

Com os testes feitos na zona rural e com os benefícios alcançados, será questão de poucos anos para os caminhões sem motoristas se tornarem uma realidade brasileira.

Afinal, tudo que for para facilitar o transporte de cargas, reduzir custos operacionais e acidentes de trânsito, não pode esperar mais. Da mesma forma, o uso da robótica, inteligência artificial, ou qualquer outra técnica da Indústria 4.0 veio para aumentar a produtividade e lucro da empresa.

Isso, nem de longe, culminaria em demissão em massa, uma vez que toda máquina precisa de manutenção, programação e monitoramento.

Mas adotar a direção autônoma não será, ainda, uma coisa rápida, por causa de dois grandes desafios: a criação de faixas exclusivas nas estradas e o apoio do sindicato dos caminhoneiros.

Desafio 1: faixas exclusivas

No primeiro caso, criar faixas exclusivas para caminhões autônomos ou diferentes taxas de pedágio requer expansão das vias e apoio político e econômico, já que são obras caras.

Sendo assim, esse projeto de autonomia de veículos (ainda mais de veículos pesados) não seria uma realidade a curto prazo, pois não depende apenas da boa vontade (e dinheiro) das fabricantes.

Desafio 2: apoio de sindicato

Já o segundo desafio também pode se tornar um empecilho, porque ainda que haja necessidade de mão de obra, o sindicato dos caminhoneiros tende a ser um oponente dessa tecnologia.

É justamente aquilo que comentamos neste artigo sobre o medo de perder emprego, de ter suas funções trocadas por uma máquina autônoma do caminhão. Ninguém quer perder seu trabalho para uma máquina programável.

Contudo, é bom lembrar o que já foi mencionado neste artigo: a inserção da direção autônoma não acaba com os empregos, apenas ajusta o motorista em suas novas funções.

Em vez de fazer longas viagens pela estrada, atravessando a noite, tendo que interromper o trajeto para descansar e comer, o motorista vai monitorar o caminhão autônomo ao longe, programar o roteiro, entre outras funções.

Isso significa menor fluxo de trabalho, mais tempo para executar outras tarefas e maior tempo com a família.

Considerações finais

É inegável que a tecnologia esteja crescendo exponencialmente nas últimas décadas. Desde os smartphones até as máquinas que ajudam no transporte de cargas no estoque, tudo que vimos em filmes futuristas deixa de ser coisa de filme, para ganhar a realidade.

E já que existe a robótica, a inteligência artificial e várias outras técnicas de automação de processos dentro de uma empresa, é normal imaginar que fora dela a tecnologia também se fará presente.

Então, a ideia de caminhões sem motorista circulando nas principais vias, e não apenas na zona rural brasileira, também deixará de ser vista como algo estranho e tomador de empregos, para se tornar, como os outros produtos tecnológicos, algo essencial para todos.

Afinal, o que toda empresa busca é economia, aumento de produtividade e melhor gestão logística. E o que todo caminhoneiro precisa saber é que seu ritmo de trabalho pode diminuir, mas seu emprego não estará em risco.

Mas você não precisa esperar os caminhões autônomos chegarem para a sua frota obter a melhor gestão de veículos. Aqui na Rabbot, oferecemos as ferramentas necessárias que elevam a sua produção e reduzem as chances de erros em vários processos. Fale com um de nossos especialistas e peça uma avaliação do seu caso!

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