A troca de óleo é uma das atividades de manutenção do veículo mais importantes que você deve observar. É ela que irá assegurar o pleno funcionamento do motor.

Isso acontece porque o lubrificante atua prolongando a vida útil de peças e componentes, reduzindo o atrito entre eles e também ajudando no resfriamento do propulsor do seu veículo.

Essa manutenção é relativamente simples, mas requer uma série de cuidados e muita atenção. Isso porque, quando a troca de óleo não acontece no prazo adequado ou é feita de forma equivocada, o risco de se danificar o motor é muito alto. Às vezes, pode-se até mesmo ter o motor fundido. O prejuízo, nesse caso, é certo.

Neste artigo, vamos explicar em detalhes para que serve a troca de óleo, os diferentes tipos à disposição no mercado e quanto custa troca de óleo.

Em suma, nossa meta é fazer você chegar ao final deste texto convencido de que cuidar bem desta parte da manutenção do veículo é algo que não é tão caro, e que tem potencial para evitar muitas dores de cabeça.

Nós também iremos apresentar um breve tópico sobre como fazer troca de óleo na sua garagem, mas optamos por não desenvolvê-lo muito. Isso porque nossa recomendação é buscar um especialista no ramo. Afinal, o serviço nem é tão caro – alguns lugares oferecem a troca de graça ao adquirir o produto – e você terá segurança de que a troca foi bem feita.

Para que serve a troca de óleo?

A troca de óleo de motor é aquele momento em que você leva seu veículo ao posto ou à oficina mecânica para providenciar a substituição de todo o lubrificante que age no propulsor.

O óleo é um componente essencial para limpar, refrigerar e lubrificar o motor. Ele age de forma a diminuir o atrito entre os componentes internos, uma vez que a ação dessas peças metálicas aumenta rapidamente o desgaste delas e, com o tempo, pode vir a danificar o motor.

Para se ter uma ideia, em casos extremos uma lubrificação ruim pode até mesmo levar à fundição do motor. E quem conhece automóveis sabe o prejuízo que isso acarreta – dependendo do veículo, apenas o motor pode chegar a custar quase a metade do preço total do carro!

Além de diminuir o atrito entre os componentes metálicos e ajudar na refrigeração do motor, o óleo lubrificante também age de forma a remover pequenas partículas e impurezas que possam aparecer.

Decorre também daí, aliás, a importância de fazer a troca de óleo dentro do prazo que se recomenda, uma vez que com o passar do tempo ele pode ficar “sujo” e perder sua finalidade.

Quais os tipos de óleo disponíveis no mercado?

Atualmente, existem três tipos de óleo lubrificante: o sintético, o semissintético e o mineral. Cada um deles tem características próprias, mas em comum há o fato de que todos conseguem atender ao motivo principal de seu uso, que é proteger o motor.

A seguir, apresentamos cada um deles.

Óleo sintético

O óleo sintético é aquele que as empresas desenvolvem em seus laboratórios a partir de óleos básicos e aditivos.

Sua produção passa por uma série de pesquisas, o que faz com que ele seja constantemente aprimorado. Isso porque cada vez mais as empresas produtoras encontram fórmulas e misturas que deixam os produtos mais resistentes e encorpados, o que amplia sua vida útil e a capacidade de agir nos motores.

A durabilidade é maior em relação aos demais porque suas fórmulas o tornam mais resistentes à oxidação. Além disso, sua composição impede a famosa formação de borra.

Devido a essas características, o óleo lubrificante sintético costuma ser a melhor opção entre os que estão à disposição no mercado. Por isso, quando você for fazer a troca de óleo, converse com seu mecânico e considere utilizar um deles.

Óleo semissintético

Os óleos semissintéticos têm em sua formulação uma mistura de óleos sintéticos e também óleos minerais básicos. As empresas procuram associar o que há de melhor entre as duas categorias para produzi-los.

Uma das grandes vantagens ao se fazer essa mistura é que ela torna o preço final mais barato se comparado ao produto 100% sintético. Isso acontece porque os insumos do semissintético são mais baratos se comparados àqueles produzidos totalmente em laboratórios.

Em termos de desempenho e eficiência, porém, há uma leve perda em comparação aos sintéticos. Ainda que os óleos semissintéticos cumpram perfeitamente sua função de lubrificar o motor, a durabilidade deles tende a ser um pouco menor.

Óleo mineral

Esse é o óleo extraído diretamente do refino do petróleo. Suas características e qualidades passam muito pela qualidade do petróleo cru de onde ele foi extraído.

O produto costuma ser o mais barato à disposição, mas devido à simplicidade de sua fórmula – que não passa por uma série de combinações químicas em laboratórios -, o uso de óleos minerais requer a inclusão de aditivos para que se consiga uma boa performance.

Há, porém, uma grande vantagem nesse tipo de produto: sua viscosidade possibilita que ele se adapte facilmente às diferenças de temperatura do motor. Além disso, o óleo mineral é mais barato que os outros dois tipos.

Por outro lado, trata-se de um produto cuja durabilidade é bem inferior àquela vista quando se usa óleos sintéticos ou semissintéticos. Isso porque o óleo mineral é o que acaba provocando o maior acúmulo de resíduos, que com o passar do tempo forma a borra.

Posso misturar diferentes tipos de óleo?

A mistura de óleos de diferentes tipos é uma prática que não é recomendada.

Como citamos anteriormente, os óleos sintéticos, semissintéticos e minerais têm características bem próprias, e se produziu cada um deles buscando extrair o máximo de suas performances.

Ao se misturar produtos diferentes, corre-se o risco de afetar suas características de atuação e, consequentemente, seus desempenhos.

Além disso, os fabricantes dos veículos indicam no manual qual tipo de óleo utilizar. Você certamente não verá um manual indicando a mistura deles.

O que pode ser feito é substituir eventualmente o óleo sintético por um semissintético – essa relação custo-benefício é bem pessoal. Nesse caso, contudo, certifique-se de eliminar totalmente o sintético antes de adicionar o novo.

Qual o prazo ideal para fazer a troca de óleo?

De modo geral, a troca de óleo em carros novos deve acontecer a cada 10 mil quilômetros rodados, ou pelo menos uma vez por ano.

De todo modo, a melhor resposta a isso você irá encontrar no manual do seu veículo. Isso porque, apesar de haver uma estimativa média, cada motor é um motor. Em outras palavras, o que funcionou para o seu carro anterior ou funciona para o caminhão do seu vizinho, talvez não se adéque ao que você dirige agora.

Além disso, o fabricante também irá orientar qual o melhor produto entre as dezenas que se encontram à disposição no mercado.

Outro ponto muito importante a se observar diz respeito ao local onde você dirige. Se você costuma rodar muito em estradas de chão batido ou dentro da cidade, ficando suscetível a engarrafamentos e baixa velocidade média, você deve fazer a troca de óleo de motor em prazo menor.

Em geral, reduza o tempo da troca pela metade. Esta recomendação, aliás, é a única que se deve aplicar a todos os tipos de veículos.

Isso acontece porque, nesses casos, o óleo pode acumular poeira ou lama. Além disso, ao rodar poucas distâncias ou ficar muito tempo em engarrafamento, o que reduz muito a velocidade média, o motor acaba não operando da forma para a qual se projetou. Isso aumenta o atrito e diminui a eficiência do óleo.

Como fazer troca de óleo?

Ainda que seja possível fazer a troca do óleo em casa, é extremamente recomendável que você deixe isso para quem está acostumado, como oficinas mecânicas e postos de combustíveis.

Isso porque, apesar de haver inúmeros tutoriais de como fazer troca de óleo em casa, trata-se de um procedimento que requer uma boa dose de paciência, provavelmente uma plataforma e a certeza de que o veículo esteja 100% na horizontal.

Além disso, considere tudo o que citamos até aqui sobre a importância de se utilizar óleo lubrificante, e o quanto o mau uso dele pode trazer danos ao seu carro e prejuízo ao seu bolso.

Dito tudo isso, para fazer a troca de óleo é necessário antes de mais nada retirar todo o óleo antigo. Isso é feito por baixo do veículo – daí ser prudente ter uma plataforma. Depois, é preciso também trocar o filtro, e só então colocar o produto novo.

Depois de feita a troca, é preciso ligar o carro e deixá-lo rodando por pelo menos 30 segundos para se certificar de que não houve nenhum vazamento.

Manutenção do óleo

Apesar de haver uma periodicidade para fazer a troca de óleo do motor, isso não quer dizer que você só deva prestar atenção a ele nesse momento. Ao contrário: é preciso estar atento às condições do nível do produto com certa regularidade.

Pelo menos uma vez por mês, faça a medição para se certificar sobre o nível do óleo no motor. Caso você possua um veículo mais antigo, aconselha-se que se faça essa verificação a cada duas ou três semanas.

Pode parecer preciosismo mas, como dissemos, uma má lubrificação do motor tem potencial para trazer prejuízos enormes a você.

Se o nível de óleo estiver baixo, complete-o com o mesmo produto que você utilizou na última troca – opte inclusive pela mesma marca, para garantir que a ação do produto aconteça da forma exata como pretende seu fabricante.

Quanto custa troca de óleo?

Este é um ponto que varia muito e depende de algumas questões bem específicas.

Se você quer saber quanto custa troca de óleo, uma das coisas que você precisa ter em mente é que o preço varia de região para região. Em cada lugar, ela segue a média praticada pelo mercado.

Na Grande São Paulo, por exemplo, você gastará em torno de R$ 230, já incluído o valor do lubrificante. Nesse valor também já consta o valor cobrado para o procedimento de troca de óleo.

Lembre-se também de sempre solicitar a troca do filtro de óleo. O valor da peça costuma girar em torno de R$ 30.

A troca do filtro é muito importante porque ele costuma acumular uma parte do produto. Assim, se você não fizer a alteração da peça, o óleo novo acabará se misturando com o antigo. E ninguém quer que isso aconteça, não é mesmo?

Além disso, algumas montadoras chegam a orientar que o filtro do óleo seja trocado a cada seis meses. Converse com um mecânico da sua confiança e veja sobre a necessidade disso.

Devo usar aditivo ao fazer a troca de óleo de motor?

Esta é uma dúvida que volta e meia surge. Aliás, muito provavelmente você ouve esta pergunta toda vez que vai ao posto ou à oficina para fazer a troca de óleo de motor. De qualquer forma, não vamos dar uma resposta taxativa, porque isso é uma escolha bem pessoal.

O que podemos fazer, entretanto, é ajudá-lo a ponderar sobre o uso de aditivos.

Em primeiro lugar, é preciso esclarecer que os próprios fabricantes desaconselham o acréscimo de aditivos. Isso porque os aditivos necessários para o bom funcionamento do produto e do motor já vêm incluídos de fábrica.

Outro ponto importante a se destacar é que os melhores óleos possuem todas as características que se espera de um bom produto. Assim, não faz sentido incluir algo a mais.

Além disso, há dezenas de aditivos no mercado, cada um com suas especificações próprias. Alguns podem de fato fazer diferença, enquanto outros podem simplesmente resultar em um gasto extra para você, sem benefício efetivo.

Eventualmente, contudo, a inclusão de um aditivo no momento da troca pode, sim, representar aumento da potência graças a agentes que modificam o índice de fricção do óleo.

É justamente por isso, portanto, que a escolha precisa ser bem pessoal: só quem conhece bem o próprio veículo e o produto que usa saberá se vale a pena ou não.

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